Foto: George Wilkes Archive/Hulton Archive
Foto: Reprodução/guitarrejazz.com
O vôo da Asa Branca, eternizada na voz de Luiz Gonzaga, não só ganhou os céus brasileiros como também percorreu o mundo e encantou - e encanta até hoje - gerações de pessoas talentos musicais, tornando-a uma obra verdadeiramente poliglota.
No raro vídeo abaixo uma reunião de grandes nomes da música - os brasileiros Caetano Veloso e Gal Costa (que dispensam apresentações), o francês Sacha Distel e o grego Demis Roussos - soltam as vozes e o violão na toada de Humberto Teixeira e do Rei do Baião num belo coral de ícones da arte.
Sacha Distel foi um notável guitarrista de jazz e cantor, além de apresentador de TV, nascido em Paris no ano de 1933. Fez parceria por muito tempo com Dizzy Gillespie e Tony Bennett, dois grandes jazzistas da história. Sua composição mais conhecida é "La Belle Vie", de 1962 juntamente com Jean Broussolle. Distel faleceu aos 71 anos em Royal-Canadel-sur-Mer, na França, em 2004.
Já Demis Roussos, egípcio de Alexandria e naturalizado grego nascido em 1947, foi um cantor de renome mundial que ganhou as paradas musicais com sucessos como "Forever and Ever" (1973), de sua autoria; "Goodbye, my love, goodbye" (1973), composta por Leo Leandros e Klaus Munro; "We shall dance" (1971), composição sua e de Harry Chalkitis, dentre outras belas cancões ao longo de 52 anos de carreira.
Roussos encantou-se com a Asa Branca do sanfoneiro de Exu em uma de suas turnês pelo Brasil nos anos 70 e compôs "White Wings" (Asas brancas em tradução literal), lançada no disco "Souvenirs" de 1975. O artista veio a falecer em 2015, aos 68 anos, em Atenas, capital grega. A história deste reconhecimento do artista grego à obra prima de Gonzagão e Humberto Teixeira você pode conferir neste no blog clicando aqui.
Confira o grande encontro de vozes cantando "Asa Branca", o hino do Nordeste brasileiro, na apresentação abaixo.
Asa Branca - Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira (1947)
"Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação?
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação?
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão.
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão.
Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração
Entoce eu disse, adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração.
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão.
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão.
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu?
Que eu voltarei, viu, meu coração?
Eu te asseguro não chore não, viu?
Que eu voltarei, viu, meu coração?"
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=VE8y1Qr7czs
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