Foto: Autor desconhecido
Dando sequência às postagens em alusão ao Dia Internacional da Mulher, que será no próximo domingo, 8 de março, agora vamos falar um pouco da história de uma pessoa que foi fundamental para que Luiz Gonzaga pudesse ter uma carreira bem sucedida. Porque todos nós sabemos que não basta ter talento, mesmo descomunal como o do Rei do Baião, para se alcançar o sucesso, mas é preciso ter objetivos bem definidos na vida e organização nos bastidores de sua carreira.
Helena, esposa de Gonzagão, nasceu em Gravatá, Pernambuco, no dia 15 de julho de 1926. Formada em Ciências Contábeis, Helena das Neves Cavalcanti era costumeira frequentadora dos programas de auditório das rádios do Rio de Janeiro nos anos 40.
Em um desses programas, o de César de Alencar na Rádio Nacional, conheceu Luiz Gonzaga. Seu primeiro contato com o sanfoneiro foi inusitado: para reclamar que não tinha suas correspondências respondidas pelo artista. Este afirmou que não dispunha de tempo para tal e a contratou para ser sua secretária. Daí virou namorada, noiva, até se casarem em 16 de junho de 1948.
Dona de uma personalidade forte e bastante organizada com suas coisas, diferentemente de Gonzaga, Helena moldou bastante a vida do marido principalmente na questão da administração financeira e da sua carreira. Por outro lado, era bastante ciumenta e não se dava muito bem com o enteado Gonzaguinha.
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Não teve filhos com o Rei do Baião, vindo a adotarem uma menina, Rosinha (foto acima), em 1952. No começo dos anos 80 começou a ter problemas conjugais com o Velho Lua em virtude do relacionamento fora do casamento do sanfoneiro com Edelzuíta Rabelo. Tanto que em 1987 o casal se separou após 41 anos de matrimônio.
Helena Gonzaga assinou nove composições do Rei do Baião, mas não era compositora. Era o próprio Luiz Gonzaga o autor das músicas, pois naquela época um artista não podia fazer parceria com outro sendo de gravadoras diferentes por questões de direitos autorais. Daí Helena entrou na jogada e foi nomeada pelo marido como "Madame Baião".
Helena faleceu em Exu, no Parque Aza Branca, em 04 de fevereiro de 1993, aos 67 anos, de problemas cardíacos.
Abaixo, uma música de Luiz Gonzaga dedicada a uma das mulheres que foram de suma importância na sua vida.
Madame Baião - Luiz Gonzaga/Davi Nasser (1951)
"Helena, traz a sanfona
Depressa, meu coração
Quero mostrar pra esses cabras
Como se toca um baião
Nos braços de minha Helena
Encontro consolação
Tocando minha sanfona
Alegro o meu coração
Beijando Helena morena
Tenho mais inspiração
As duas são minha vida
Não é conversa, não
Não é conversa, não
Não, não
Não é conversa não
Helena, traz a sanfona
Depressa, meu coração
Quero mostrar pra esses cabras
Como se toca um baião
Madame limpa a sanfona
Com toda satisfação
Madame não tem ciúme
Da minha sanfona não
Helena e minha sanfona
Controlam o meu coração
Se eu ganho o pão para uma
A outra é o meu ganha-pão
Não é conversa, não
Não, não
Não é conversa não."


Historia bonita
ResponderExcluirDifícil eu sentir simpatia por alguém que fez tanto mal a Gonzaguinha e ainda semeou na mente de Luiz a dúvida sobre a paternidade dele.
ResponderExcluirVerdade
ExcluirConcordo...se for verdade o que mostrou no filme, Gonzaguinha foi muito injustiçado. Lamentável
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPelo fato de ser uma mulher muito ciumenta, provavelmente foi uma esposa venenosa na vida de Luis Gonzaga, e dessa forma não gostava de ninguém que tirava dela uma atenção que ela desejava que fosse somente dela. Gonzaguinha foi uma dessas vítimas.
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