sábado, 31 de janeiro de 2015

O FOLE NA INFÂNCIA

Foto: Reprodução/Luiz Gonzaga - Asa Branca - O menino cantador



Luiz Gonzaga desde cedo demonstrou seu dom pela música, sempre ouvindo com atenção os sons saídos das harmônicas que seu pai tocava nas festas das redondezas – além de tocador ainda consertava os instrumentos. Tanto que aos 12 anos de idade já animava os sambas do Araripe ao lado de Januário. Luiz entrava na oficina do patriarca da família e ficava observando os instrumentos abertos e todo o processo de recuperação e afinação deles.

Januário não gostava muito, Santana brigava com o menino, mas não tinha jeito. Contudo, no fundo certamente tinham consciência que os culpados eram eles, que incentivavam o apego dos filhos à música. Em casa o divertimento era música: a mãe cantava na igreja local e puxava as rezas. Com o pai a filharada ia desenvolvendo o ouvido, aprimorando o fole, aprendendo a música. De todos os nove irmãos, quatro deles se tornariam futuramente sanfoneiros/cantadores profissionais, mas todos sabiam tocar o fole de oito baixos desde criança.

Além de Luiz, o mais famoso, havia ainda Zé Gonzaga (considerado pelo próprio Rei do Baião o melhor sanfoneiro da família), Severino Januário e Chiquinha Gonzaga.

A foto que estampa esse post não é de Gonzagão quando criança, mas uma imagem de um garoto que está na publicação em quadrinhos "Luiz Gonzaga - Asa Branca - O menino cantador", de Maurício Castro e Wesley Rodrigues, que representa a infância dos filhos de Januário na infância no Araripe.



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